domingo, 28 de fevereiro de 2010

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

amarelando fotos



Me sentei para poder enxergar. Mas enxergar de verdade, ver tudo que havia conquistado, todo caminho percorrido, pedreira quebrada, elefantes abatidos. Fiquei sentado por horas, chorei e ri do passado, cantei velhas canções, senti cheiros e gostos perdidos. Amarelei fotografias de tanto abraçá-as, limpei velhos troféis e queimei todos os boletins. O senhor orgulho se sentou a o meu lado, mas não deixei espaço pra dona vaidade, não nos damos muito bem. Mas me senti bem e sinto que isso me fará seguir em frente, uma bagagem que me dará força. Coloquei tudo bem dobrado na mochila, o arco-íris em sanfona e todos os parangolés a mais bem guardados. Joguei nas costas e me levantei pro novo.

sábado, 20 de fevereiro de 2010

vou de taxi



Amei o taxista quando executou o contorno brusco que uniu nossas mãos. Odiei o taxista mortalmente quando seu olhar impediu nosso beijo, esperado a noite toda. Regada de gentilezas e olhares fraternais. O destino é generoso mas nos dá pequenas rasteiras. Não que isso não me impessa de agradecer uma noite tão bonita. Presenciamos brigas cinematográficas, sentimos a brisa leve da última chuva, vimos as pessoas trajadas com o mais fino couro e nos refugiando de tudo, falamos de tudo e comemos algo melhor do que macarrão sem tempero.

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

bom dia!


O menino coelho despertou logo depois do sol e foi visitar as abelhas no jardim do governador. Foi em cada rosa e com cuidado abria as pétalas, para assim assoprar as abelhas dorminhocas. Elas voavam preguiçosas, desviando dos pingos dos chafarizes. O sol brilhava como se fosse a última manhã de verão, secando o orvalho que ainda havia ali. Ele queria voar com elas, se sentir leve... Então, se deitou no chão e abraçou o jardim.

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

um abraço


Eu quero um abraço. Mas não um abraço simples. Quero um que quebre meus ossos, me tire a respiração, lave minha alma de toda essa saudade. Cansei de abraçar as árvores, elas nem sempre são amigáveis. Quero me perder nos seus braços e esquecer que um dia fiquei longe deles. Sentir a sua batida e acompanhá-la. Sentir que ainda tem espaço no seu coração.

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

LEAVE THE FAMILY


leave the family. leave the nest. now? I m running behind my thirst for knowledge, bread, music, color, sex, fun!